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domingo, 14 de novembro de 2010

Continuação 5: CAMPOS E MATOS

O RENCONTRO.




Fomos à inauguração de um barzinho na beira do rio e o nome do bar era “Beira Rio”, nada mais original, não acha? Todo mundo estava lá, música boa, bebida e muita gente bonita. A coisa estava fervendo.

A garotada flertando, cantando, animados pela música ensurdecedora e a bebida, pareciam cada um num mundo a parte, individual, mas que em uma fração de segundos todos faziam parte do mundo do outro.

Lá pelas tantas da madrugada, eu já havia bebido todas e mais umas. Estava andando, curtindo,Conversando, resumindo: festando.

Senti segurarem meu braço, inerte, virei-me calmamente ao ouvir alguém dirigir-se a mim:

─ E ai?

Era o Cleber, que seguiu falando:

─ E ai! Como é que você está? Quanto tempo, hein?

E despejou um milhão de palavras e em minutos contou-me o que tinha acontecido com ele naqueles três anos que ficamos sem nos ver.

Havia noivado com tal de Tuy, e ela o trazia na rédea curta, mais que já estavam separados...

Blá! Blá! Bla! E Blablablá...

E na tentativa de me livrar daquela conversa chata e inoportuna para uma festa tão boa como aquela, o convidei:

− Aparece lá em casa qualquer dia, pra gente conversar mais. Eu vou indo que o pessoal está me esperando ali. Tchau.

Sabe aqueles convites que você faz, mas que não são para serem aceitos. Que são por pura educação e que na realidade você nem quer saber do assunto que a pessoa está falando e sem encontrar outro meio pra despistar você faz um convite. Tipo: me liga, passa lá em casa depois, vamos marcar alguma coisa. Mais na realidade não se quer nenhuma das coisas. Então, era esse o caso.