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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A história do meu casamento - do início ao fim



O amor não é egoísta
por: Jane Matos Pereira




Minha vida resumia-se em: correria.


Trabalhava o dia inteiro, faculdade, casa e minha filha Letícia, com seis meses de vida, para cuidar... Não tinha tempo nem para respirar direito e para completar, apareceu em minha vida, PARA AUMENTAR a correria, um rapaz, cinco ano mais novo.


No começo eu não dei muita IMPORTÂNCIA à ele, pois eu vinha de uma relação frustrada com o pai da Letícia e a última coisa que eu queria para minha vida era um novo amor.


Mas ele insistiu, mandava recados todos os dias, incansavelmente, até que me venceu pelo cansaço e começamos a namorar.


Não demorou muito para juntarmos as escovas de dentes.


E  de insignificante mortal, passou a ser meu amor. Amor intenso, fogoso, cheio de alegria...


Depois que terminei a faculdade de letras nos mudamos para a capital do nosso estado e a partir daí nossa vida mudou. Ele começou a ficar muito tempo fora de casa e isso resultou em brigas, que passaram a fazer parte do nosso relacionamento.
Brigas, ciúmes, incertezas, desconfianças...
Mas mesmo com tantos motivos para deixar tudo para trás, nós insistimos em nossa relação que deu frutos, lindos frutos: tivemos duas filhas lindas, Flávia e Flaviane.


Porém, nossa família aumentada não foi suficiente para diminuir as brigas, que tornavam-se cada vez mais constantes em nossa relação.
Percebi que ele sentia necessidade de algo que eu não podia oferecer naquele momento em que ele queria curtir sua vida com festas e amigos, e eu precisava cuidar da casa, das crianças e do trabalho, ainda em começo de carreira.


Passamos a ser dois estranhos vivendo numa mesma casa.


Um dia, cansada das brigas e discussões eu chamei uma empresa de mudanças e resolvi voltar para a cidade onde nasci, onde residiam meus pais e ao lado deles recomeçar a vida. 
Decidida como sempre fui, resolvi todas as pendências e quando ele chegou do trabalho os rapazes da empresa já estavam arrumando as coisas. Ele ficou surpreso, afinal de contas eu sempre cedia e tentava não me alterar diante de todas as barbaridades e calunias que ele me dizia. 
Ele ficou furioso, tentou discutir a relação, pediu pra desconsiderar, blá, blá, blá e blá...


Então parti com as crianças, deixando naquela casa o único homem que eu realmente amei.
Só que, as vezes, o amor não é suficiente para segurar uma relação. Precisa-se de mais que apenas amor e  desejo, precisávamos de respeito e não tínhamos mais isso entre nós.


Viver com uma pessoa é muito difícil, temos que ceder o tempo todo e na maioria das vezes não agíamos do modo certo para aquela situação e é isso que desgasta os relacionamentos.
Não foi por falta de amor que eu resolvi deixá-lo, foi por que percebi que nosso casamento não estava fazendo bem para nenhum de nós e que despertávamos o que havia de pior na personalidade um do outro.


Hoje ele tem outra família. E eu continuo apenas com minhas filhas. E vivo muito feliz dessa forma. 
Não quero outro homem vivendo dentro de minha casa. 
A convivência não é algo fácil para mim.


Eu e o Flávio nos damos muito bem separados. Ele agora participa muito mais da nossa vida, conversamos mais e sabemos mais um do outro do que quando éramos um casal.
Vai entender o amor...

Somos uma família, mesmo o Flávio e eu não sendo mais MARIDO E MULHER, somos uma família e seremos sempre uma família: pai e mãe de duas meninas lindas e como ele próprio diz:  pai de coração da Letícia.

Existem pessoas que simplismente não foram feitas uma para a outra, e esse é o nosso caso. Porém funcionamos bem como amigos e seremos amigos para sempre, afinal, temos filhas que dependem mutuamente de nós dois e a afinidade é fundamental!

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