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domingo, 3 de abril de 2011

Cadê o amor na minha vida?

O que é o amor? 
O tempo todo, por vários lugares, poesias, anúncios, rodas de conversas vemos o amor sendo objeto de reflexão.
Sentimos amor de muitas maneiras diferentes, amor pelos filhos, pelos pais, irmãos, amigos, conjugues. E por cada um um amor diferente.
E nesse texto vamos nos ater ao amor homem X mulher. Amor carnal. Vontade de envelhecer junto. Do amor que nos faz perder a razão.
 Acreditava, Nietzsche, que o amor chega quando se tenta desejar o bem em sua totalidade para algo. Dizia que quando amamos juntamos todas as melhores propriedades das coisas mais maravilhosas e perfeitas do mundo, e consideramos similares ao objeto amado. Com afirmações desse tipo, estapafúrdias, concluí-se que o sentimento do amor pode distorcer a representação da realidade, pode afastar a pessoa da realidade compartilhada pela maioria, tal como se tratasse de idéias supervalorizadas ou uma certa obsessão. 
E, racionalmente falando, o amor nos afasta dessa representação social da realidade, nos tira o chão e na maioria das vezes temos as mais inconsequentes atitudes. Mas por amor vale a pena perder o equilíbrio, perder a razão, sair da realidade ditadora.
Alguns autores mais recentes acham que a atenção, carinho, zelo e cuidados em relação à pessoa amada devem ser esperados em qualquer relacionamento amoroso saudável e, por saudável, devemos entender o relacionamento que jamais proporcionará sofrimento, seja da pessoa que ama seja de quem é amado (Simon, 1982 e Fisher, 1990).
E para você, leitor amigo, que é o amor? A perda da representação da realidade,  como acredita Nietzsche ou é a expressão de um amor saudável? Ou Algo nunca antes descrito?
Eu já amei muito. E de diferentes formas, vários homens diferentes. Já lutei, perdi, reconquistei, sofri, fui correspondida, não correspondida. Já amei apenas um e já amei à muitos ao mesmo tempo. Porém, nos últimos anos, tenho percebido que já não me abalo sentimentalmente e que já não me importo mais com meu companheiro. E não me importo com meu namorado , não zelo, não cuido, não perco a realidade. Não me importo se ele vem ou não. se liga ou passa dias sem dar sinal de vida. E ai você pode dizer: "você não o ama!" 
De fato, não me surpreenderia com essa possibilidade. Mas o fato que me assusta é que homem nenhum me  causa taquicardia, suadeira, saudade, vontade ou qualquer outra características do amor. Simplesmente deixei de sentir amor pelos homens. Só tesão, desejo, vontade de transar e  satisfazer meu bel-prazer.
Será que alguma coisa se perdeu em mim? Ou a idade, a vivencia faz isso as pessoas? 
Eu não sinto mais emoção. Aquele desejo de cativar, que Antoine de Saint- Exupèry  valoriza em "o pequeno Príncipe" se perdeu a muito tempo.
Eu sinto saudade de amar, de sentir amor, aquele frio na barriga, aquela vontade de ver, de ouvir a voz do ser amado.
Talvez a correria do dia-a-dia tenha endurecido meu coração. 
Meu Deus, onde foi que eu perdi a fórmula para sentir amor?

2 comentários:

  1. Na verdade durante toda a nossa vida temos vários amores, uns mais intensos do que os outros, mas não menos importante. Somente não pertecemos ou temos medo de admitir que amamos, talvez por medo de nos machucar novamente ou pelo simples fato de ser mais comodo a nós e ao nosso coração viver no anonimato. Mas não há nada melhor do que Amar e ser Amada, só devemos nos permitir...

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  2. "Ver muito lucidamente prejudica o sentir demasiado. E os gregos viam muito lucidamente, por isso pouco sentiam. De aí a sua perfeita execução da obra de arte."

    Fernando Pessoa tem razão. E eu com certeza preciso fechar os olhos do rosto para que meu coração possa enxergar.

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